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  • Emergência climática, racismo ambiental, e a necessidade de fazer o caminho de volta…

    Emergência climática, racismo ambiental, e a necessidade de fazer o caminho de volta…

    Um sol escaldante lá fora confirma a previsão meteorológica de que passaríamos por uma “onda de calor” neste fevereiro de 2025 aqui em terras capixabas. Conjuntura difícil no Brasil e no mundo, negacionismo e capitalismo cada vez mais predatório, em certa medida colocam em xeque a existência humana no planeta terra.

    A mudança do clima está entre os maiores problemas ambientais da atualidade e entre as dez principais ameaças para a saúde global listadas pela organização Mundial de Saúde (OMS). Com o aumento global da temperatura, as projeções indicam que haverá intensificação do estresse térmico nos humanos, especialmente nas regiões tropicais.

    Os impactos socioambientais não atingem igualmente as populações: minorias étnicas, comunidades periféricas, pessoas em condição de vulnerabilidade social, em especial as mulheres, sobretudo as negras, que representam as populações historicamente excluídas, invisibilizadas pela sociedade, são as mais afetadas pela poluição, pela falta de saneamento básico, pelo despejo inadequado de resíduos sólidos nocivos à saúde, pela exploração de terras pertencentes aos povos originários e populações tradicionais; pelas moradias em zonas de risco e insalubres; pelas enchentes; deslizamentos; rompimentos de barragens; contaminação; desmatamento; degradação e dano ambiental; e pelos eventos extremos cada vez mais frequentes em função da mudança climática.

    Dessa forma, podemos caracterizar de racismo ambiental políticas, práticas e diretivas que prejudicam grupos ou comunidades com base em raça e cor. Assim o racismo ambiental é uma forma de discriminação racial que resulta em injustiças sociais e ambientais.

    Precisamos todos nós, Estado e sociedade promover ações e políticas públicas que promovam a equidade socioambiental, promovendo iniciativas educacionais, e culturais que valorizem a diversidade. É fundamental a conscientização da sociedade para essa agenda.

    Não existe planeta B, necessário se faz uma mudança de atitude, precisamos fazer o caminho de volta, nos reconectarmos com a natureza, com nossa mãe terra. Menos é mais, precisamos de que nosso consumo seja consciente, reduzir a pressão sobre recursos naturais que são finitos. Atitudes individuais comprometidas com o coletivo, refletirmos que planeta vamos deixar para as futuras gerações.

    “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”. Nossa ancestralidade em África nos ensina que o um não existe sem o todo, tampouco o todo existe sem o um (Ubuntu). Em novembro deste ano acontece no Pará a COP 30, conferência do clima organizada pela ONU que abordará questões importantes como a transição energética e financiamento climático. Uma oportunidade histórica para fortalecimento da luta socioambiental.

  • Artistas defendem autonomia da Secretaria de Cultura em sessão da Câmara Municipal de São Mateus

    Artistas defendem autonomia da Secretaria de Cultura em sessão da Câmara Municipal de São Mateus

    Artistas se reuniram na sessão ordinária da Câmara Municipal de São Mateus nesta segunda-feira, 17/02, com o objetivo de sensibilizar vereadores, munícipes e a prefeitura para que a Secretaria Municipal de Cultura não seja transformada em um departamento subordinado à Secretaria de Turismo. Os avanços conquistados na área cultural, como a implementação da Política Aldir Blanc, do Programa Paulo Gustavo, do Cultura Viva, dos editais públicos, da transferência fundo a fundo e da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, entre outras iniciativas, reforçam a necessidade de que a Cultura mantenha uma pasta própria e representatividade independente.

    Através da tribuna livre, cedida pela vereadora Valdirene, a poetisa matense Mônica Porto destacou a importância do Sítio Histórico Porto para a identidade cultural da região. Em sua fala, a vereadora Valdirene também ressaltou a relevância da Secretaria de Cultura para o desenvolvimento e preservação da cultura local, enfatizando que a autonomia da pasta é essencial para garantir a continuidade das políticas públicas e projetos que têm transformado positivamente o cenário cultural da cidade.

  • 90 anos de Lélia Gonzalez: Papo Reto, Consciência e Militância

    90 anos de Lélia Gonzalez: Papo Reto, Consciência e Militância

    Parida em 1935, Lélia Gonzalez (1935-1994) era e continua sendo uma intelectual, ativista e professora brasileira que se destacou por uma abordagem que transava questões étnico-raciais, de gênero e de classe, tendo se tornado uma referência nos debates no Brasil e na América Latina. Mesmo depois de ancestralizar, Lélia continua viva na memória do nosso povo. Formada em História e Filosofia, Lélia desempenhou um papel inquestionável dentro da militância e do ativismo negro brasileiro.

    Sua principal contribuição é sua atuação militante atrelada à sua produção intelectual, produção esta que visa a superação do colonialismo, do patriarcado e do capitalismo, pra ela a teoria só fazia sentido se tivesse a prática, se servisse pra mudar a vida do nosso povo. Não dá pra ficar só no papo acadêmico, tinha que botar a mão na massa e enfrentar o sistema de frente, e esse é o legado de Lélia para nossa geração, principalmente para a geração de cotistas negres do ensino superior.

    Lélia fez da academia seu campo de batalha, ocupando espaços estratégicos e hackeando a lógica do conhecimento elitista. Ela desmontou a produção de saber da branquitude, escancarando como essa estrutura não dava conta — e nem queria dar — da luta antirracista, antipatriarcal e anticapitalista. Sua revolução foi virar o jogo, colocando os nossos saberes no centro, não como objeto de estudo, mas como fonte legítima e potente de conhecimento. Onde antes a academia via apenas corpos marginalizados, Lélia enxergou uma produção de saber atrelado à prática, capaz de construir um bem viver.

    Pra que sua produção estivesse fincada na luta, participou da escola de samba Quilombo, participou de jornais militantes que visavam conscientizar a população, atuou  em conferências da onu, construiu ativamente o Movimento Negro Unificado,é uma das fundadoras do PT, foi candidata a deputada pelo PT e depois pelo PDT , funda o Coletivo de Mulheres Negras Nzinga, participou do o primeiro encontro nacional de Mulheres Negras, esteve em protestos de rua, deu formação para o conjunto da militância, ou seja, Lélia não achou que simplesmente ser uma intelectual critica fosse suficiente, pelo contrário sempre esteve na luta por entender que o ocnhecimento libertador só podia ser produzido na luta e pela a luta.

    Sua língua, como uma faca, cortou o véu da democracia racial para que a realidade viesse a tona. A partir da ocupação e apropriação da psicanálise, Lélia interveio na produção academica a respeito do povo negro, explicitando que o racismo brasileiro opera por denegação e simboliza o negro como o lixo da relação cultural brasileira. Dessa maneira, Lélia consegue trazer ao palco a neurose cultural brasileira, que opera ao condicionar o negro como objeto de satisfação da branquitude. O colonialismo busca dominá-lo de toda maneira, mas permanece insatisfeito, renovando sem parar  as formas pelas quais ele atua na política e na cultura.

    Lélia já deu o papo que teoria sem prática é caô. Aplicar o que ela trouxe é fazer da vida um corre de transformação e combate ao racismo. Na facul, é colar com os nossos, peitar professor branco que acha que sabe mais da nossa história que nóis memo, botar os livros de Lélia na roda e tensionar o rolê. No trampo, é não engolir sapo, se organizar, exigir que a firma trate nóis com dignidade. Na quebrada, é fortalecer os mais novos, trocar ideia, botar as preta pra se ver como potência e não como resto. Na internet, é afiar a língua, denunciar o racismo, espalhar ideia afiada.  Lélia não queria só intelectual de fala bonita, queria nóis na rua, na luta, no front, cupim roendo esse sistema por dentro e por fora.

     

     Larissa Evellyn Lourenço

    G. N. Carlini

    Jacyara Silva de Paiva

  • UNEGRO-ES participa da assembleia de instituição do Fórum de Participação social no ES

    UNEGRO-ES participa da assembleia de instituição do Fórum de Participação social no ES

    Foi realizada na manhã do último sábado, 08/02, na UFES (Universidade Federal do ES), no auditório do Centro Ciências Exatas, Assembleia de instituição do Fórum de Participação Social no Estado. As organizações da sociedade civil presentes na assembleia foram convocadas pela Secretaria Geral da Presidência da República. 

    Os Fóruns de Participação Social, instituídos pela Portaria SG/PR n° 188, de 22 de outubro de 2024, de abrangência estadual e distrital, compostos por movimentos sociais e entidades da sociedade civil, têm como finalidade mobilizar e organizar, nos estados e no Distrito Federal, a participação social com educação popular nos territórios nas políticas públicas do governo federal. 

    O objetivo do FPS é articular a sociedade civil para a participação social nas políticas públicas e nos programas do governo federal, promover os processos participativos federais nas respectivas unidades da federação, promover a interlocução da sociedade civil com os gestores de órgãos e entidades da administração pública federal, e propor medidas para a territorialização da participação social nas políticas públicas federais.

    38 organizações participaram presencialmente e de forma online, para a presidenta da UNEGRO-ES, Adriana da Silva, esse espaço de articulação com o governo federal nos territórios é muito relevante para ampliar o acesso às políticas públicas. “Nossa perspectiva é que seja um espaço de reflexão e de construção de luta política coletiva para enfrentar a desafiadora conjuntura política de avanço da extrema-direita no Brasil e no mundo”. 

    O Fórum terá reuniões mensais de forma online, e trimestral de forma presencial, aberto à participação da sociedade, segundo Renato Simões Secretário Nacional de Participação Social representante do governo federal na assembleia a finalidade do Fórum é mobilizar e organizar a participação social com educação popular nos territórios, nas políticas públicas do governo federal.

     

  • Comitê Cultura do ES visita o Núcleo Produtivo dos Ícones da Cultura Capixaba

    Comitê Cultura do ES visita o Núcleo Produtivo dos Ícones da Cultura Capixaba

    Na tarde do último sábado, 01/02, o Comitê de Cultura do Espírito Santo, Programa do MinC (Ministério da Cultura) que entre outros objetivos visa difundir informações sobre políticas públicas na área da cultura esteve no Núcleo Produtivo dos Ícones da Cultura Capixaba, situado em Nova Palestina, Vitória.

    O IPAC (Instituto Políticas e Ações Comunitárias) e a UNEGRO-ES (União de Negras e Negros pela Igualdade) que executam o PNCC no ES foram recebidos pela Coordenadora do Núcleo Jupiara Francisco, com 11 anos de atuação o mesmo recebeu em 2024 a certificação do MinC como Ponto de Cultura.

    O Núcleo Produtivo é um empreendimento de economia solidária, criado em 2013 com o objetivo de resgatar a cultura da cidade de Vitória, através da arte em madeira e tecidos nos ícones que retratam a história local. Ex: casaca, barco, mastro, bolsas, camisetas, estandartes, e bonecas que representam a cultura popular afro e congo.

    Os Comitês de Cultura, instituídos em todos os estados da federação, desenvolvem atividades de mobilização social, formação, direitos e políticas culturais, apoio à elaboração de projetos e parcerias, comunicação social e difusão de informações sobre políticas culturais.

    Para Adriana Silva presidenta da UNEGRO Capixaba e da coordenação executiva do comitê essas visitas são muito importantes. Pois, estreitam laços e criam conexões com agentes e produtores culturais que fomentam a economia criativa, e valorizam a cultura capixaba e brasileira.
  • Casos de dengue tem CEP, cor e gênero, afirmam conselheiros e conselheiras de saúde

    Casos de dengue tem CEP, cor e gênero, afirmam conselheiros e conselheiras de saúde

    A dispersão do sorotipo 3 da Dengue no Brasil, que há 17 anos não causa uma epidemia, tem deixado em alerta o Ministério da Saúde e toda estrutura de vigilância em saúde do país. A afirmação é da representante da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), Livia Frutuso, durante a mesa que tratou sobre o tema durante a 362ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde, nesta quarta (29/01), em Brasília.

    “Estamos no período sazonal da maioria das arboviroses em uma situação mais confortável, com 51% a menos de casos do que o mesmo período do ano passado. Mas quero chamar atenção da dispersão nos últimos meses do sorotipo 3 a nível nacional, colocando o país em uma situação de risco.”

    O cenário epidemiológico levou a pasta a reativar o Centro de Operações de Emergência para dengue e outras arboviroses no mês de janeiro, apesar da situação ainda não se configurar como uma epidemia. Em reunião do COE no último dia 23, a ministra Nísia Trindade enfatizou que o desafio do controle da dengue é uma tarefa conjunta entre governo e sociedade civil. “O desafio do controle das arboviroses tem de ser enfrentado pelos gestores, sociedade e pelos líderes do governo de forma conjunta.”

    Vitor da Silva, representante na mesa do Centro de Operações de Emergência para Dengue e outras Arboviroses, explicou que a atuação e estruturação do COE é estratégica e temporária, reforçando a importância dos conselhos para vencer as doenças endêmicas transmitidas por arbovírus pensando em soluções conjuntas. O CNS tem tido participação intensa nos COE, como no caso das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, que foi desativado no fim de 2024.

    A conselheira de saúde Elaine Pelaez chamou atenção para o histórico de saídas individuais para lidar com problemas como a dengue em detrimento dos condicionantes de saúde dos territórios,  e requisitou elementos sobre o perfil das pessoas em cidades e estados em emergência para as arboviroses.

    â€œÉ muito bom ver ações coordenadas para o enfrentamento dos arboviroses, no âmbito da gestão, com outros atores sendo envolvidos, e especialmente encarando essa questão como de saúde pública e coletiva, que não pode ser resolvida no âmbito individual”, afirmou.

    Já o conselheiro João Alves, representante da Comissão de Vigilância em Saúde do CNS, destacou a culpabilização do cidadão quando se trata do combate às arboviroses. ”Qualquer planejamento sobre o tema precisa ser pensado intersetorial, a partir de uma estrutura nacional, mas combinado e planejado com todos segmentos da administração pública no nível local.”

    Anselmo Dantas, também conselheiro nacional de saúde, ressaltou que as tragédias que estamos enfrentando têm endereço, cor e gênero, e isso deve ser encarado nas perspectivas dos direitos humanos. “Cidades saudáveis combinam com democracia e justiça social (..). Estamos em 2025 montando uma estrutura de estado para combater uma arbovirose que sabemos que tem meio de controle e prevenção. Precisamos fortalecer a política de combate às arboviroses no contexto dos condicionantes da doença”.

    Fernando Magano, presidenta do CNS,  agradeceu o comprometimento do Ministério da Saúde em prontamente ativar o COE, colocando a Comissão de Vigilância em Saúde e a Secretaria Executiva do CNS como parceiros constantes no comitê.

    Cenário epidemiológico e vacinação

    O ano de 2024 registrou 6,6 milhões de casos prováveis,  o que significa um aumento de 300% em relação a 2023. Somente em 2024 cerca de seis mil  pessoas morreram por conta da dengue, superando o número de mortes  por covid-19 no ano.

    O Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses 2024/2025, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia antecipou ao período sazonal da doença com diversas medidas estratégicas, incluindo a instalação do Centro de Operações de Emergências (COE) para Dengue e outras Arboviroses, em operação desde o início  de janeiro.

    Uma das novas tecnologias adotadas pelo Ministério da Saúde no ano passado para a prevenção da dengue foi a vacinação, embora a produção do laboratório responsável seja limitada. Os responsáveis por crianças e adolescentes  que estão na faixa etária para a vacinação (10 a 14 anos) e que residem nos municípios que tenham recebido a vacina devem procurar os pontos de vacinação.Veja a lista de municípios aqui

    A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue. O imunizante está disponível para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades nas quais a doença é mais frequente. Apenas metade das doses distribuídas pelo Ministério da Saúde para estados e municípios foram aplicadas.

    De acordo com a pasta, de 2024 a 20 de janeiro de 2025, foram distribuídas 6.370.966 doses. A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) indica que 3.205.625 foram aplicadas até o momento.

    Os dados fazem parte do painel de monitoramento do Ministério da Saúde e trazem informações até 28 de dezembro de 2024. A situação atualizada foi apresentada na reunião.

    Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

    Sorotipo 3

    O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença. Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.

    A introdução de um novo sorotipo em uma população previamente exposta a outros tipos pode levar a epidemias significativas. No Brasil, por exemplo, o aumento da incidência da doença entre 2000 e 2002 foi associado à introdução do DENV-3, elevando o risco de epidemias de dengue e febre hemorrágica da dengue.

    Conselhos Contra a dengue

    Em 2024 o CNS se uniu pela conscientização sobre o assunto, elaborando ações de comunicação para combater a desinformação sobre a doença e incentivando o importante papel dos conselhos de saúde no controle das arboviroses.

    Baixe os cards da campanha

    Fonte Site do Governo Federal.

  • TERRA PRETA – Unegro ES

    TERRA PRETA – Unegro ES

    Uns pretos a frente do tempo, vai vendo

    Quebrando os fortes, holofotes lamento!

    Tomando as faculdades mestrado doutorado, até onde nós poder

    alcançar, gozando na cara do burguês que achou que nós não ia

    chegar.

    Sempre foi nós por nós chapa,

    Agora nem vem de tapinha nas costas,

    Divisões aqui não foi criada pela lei Áurea, nós foi pra luta tipo

    MST.

    Arrancando na marra,

    Então vai lá Zumbi mostra pra esses racistas como é que faz,

    Tombar as Babilônia de Judas e Caifás,

    Força nos orixás, vai lá.

    Multiplica o teu sorriso que eles vão até borra,

    Igualdade no Brasil é igual fazer sexo sem tesão.

    Tem mais fome no sertão do que negro nas televisão,

    No porto clandestino afundamos o negreiro,

    mas a alma do racismo ainda assombra o mundo inteiro.

    Pele negra de Aruanda, preto mutante, África!

    Tipo Nelson Mandela, Dandara,

    Luis Gama, Zacimba Gaba,

    Quebramos as corrente mas infelizmente ainda,

    vivemos a sobra das senzalas.

    Somos a revolta dos Malês, a fúria dos Farrapos,

    Somos Tupinambá (Tamoios),

    Terra preta é o lápis quebrado de Carolina de Jesus,

    A coragem de Maria Felipa,

    O repente de Inácio da Catingueira,

    É o rap de Sabotage, o funk de James Brown.

    Terra preta,

    É o Deus negro,

    Que é crucificado todos os dias pelo Deus branco!

  • Sistema Nacional de Cultura ganha nova página no site do MinC

    Sistema Nacional de Cultura ganha nova página no site do MinC

    Com uma navegação simples e intuitiva, a nova página foi pensada para atender gestores públicos de cultura, agentes culturais e todas as pessoas interessadas em obter mais informações sobre o Sistema e seus componentes.

    “A atualização da página do SNC é um marco importante para aproximar ainda mais a sociedade das políticas públicas de cultura. Reunimos, em um único espaço, materiais essenciais para que gestores e agentes culturais possam acessar as informações de forma rápida, além de facilitar a adesão e a implementação das iniciativas culturais em todo o país”, avaliou o diretor do Sistema Nacional de Cultura (DSNC) do Ministério da Cultura (MinC), Junior Afro.

    Além de conteúdos sobre a legislação cultural vigente, tutoriais para adesão ao SNC e materiais de formação, há uma série de recursos voltados para fortalecer as políticas culturais. A iniciativa atende ao preceito da transparência e amplia o acesso à informação com o intuito de fortalecer o desenvolvimento do setor cultural.

    Adesão

    Entre 2022 e 2024, mais de 800 municípios aderiram ao SNC, pactuando o compromisso de estruturar a política cultural da cidade, com lei e fundo próprio, além do conselho municipal de cultura. No total, 3.663 municípios brasileiros já aderiram ao Sistema, o equivalente a 65% das cidades do país. Entre os estados, todos fizeram a adesão.

    O Governo Federal promoveu um avanço significativo ao sancionar o marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura, por meio da Lei Nº 14.835/2024. A legislação consolida a estrutura necessária para a efetiva construção de políticas públicas para o setor e representa uma conquista emblemática para a gestão cultural.

    O que é

    Apelidado de SUS da Cultura, o SNC compartilha responsabilidades entre União, estados, Distrito Federal e municípios, além da sociedade civil, para fortalecer as políticas públicas culturais em todo território nacional. Criado para promover a descentralização e a democratização do acesso à cultura, o SNC é uma reivindicação antiga da comunidade cultural e tramitou no Congresso Nacional por quase 20 anos.

    Após a sanção da lei, em abril de 2024, o MinC se dedica agora ao processo de regulamentação do Sistema. Já foram realizados dois seminários internos para debater o assunto e um ciclo de formação com os Escritórios Estaduais do MinC. Na nova página do SNC será possível acompanhar as informações atualizadas sobre o andamento dessa nova fase,

    Além disso, para garantir a participação social em todo o processo, a regulamentação do Sistema também vai ser debatida por uma câmara temática dentro do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).

    *Com informações do Ministério da Cultura

  • CAPES divulga edital para o Programa Caminhos Amefricanos

    CAPES divulga edital para o Programa Caminhos Amefricanos

    ACAPES publicou, o Edital Conjunto N° 4/2024 do Programa Caminhos Amefricanos: Programa Sul-Sul, referente às edições do Peru, Angola e República Dominicana. Para cada uma delas, serão disponibilizadas 50 vagas, para atividades de combate ao racismo e promoção da igualdade racial no Brasil.

    Essa edição é desenvolvida em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), a Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, capital da República do Peru, a Universidade Agostinho Neto, na cidade de Luanda, capital da República de Angola, e com a Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO) República Dominicana, com sede em Santo Domingo, capital da República Dominicana.

    A chamada referente ao Peru selecionará 50 professores da educação básica de instituição de ensino pública brasileira que se autodeclaram como pessoas pretas, pardas ou quilombolas. Em Lima, os participantes desenvolverão ações formativas com a Universidad Nacional Mayor de San Marcos, visitas guiadas em escolas, locais históricos e museus. As inscrições encerram em 30 de janeiro de 2025.

    Com relação às edições de Angola e da República Dominicana, serão selecionados 50 alunos, em cada chamada, que se autodeclaram como pessoas pretas, pardas ou quilombolas que estejam matriculadas a partir do 5º semestre de cursos de licenciatura de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas. Em ambos, o edital segue aberto até 27 de fevereiro. Nas universidades parceiras de cada país, os estudantes realizarão estudos de curta duração com participação em evento científico, além de visitas guiadas em escolas, locais históricos e museus.

    Podem participar brasileiros natos ou naturalizados, ou estrangeiros com carteira nacional de registro migratório, devendo apresentar a autorização de residência permanente no Brasil. Além disso, é preciso residir no Brasil no momento da candidatura e durante todo o processo de seleção, e não ter recebido bolsa ou benefício, no Brasil ou no exterior, para a mesma modalidade nos últimos dois anos.

    As inscrições devem ser feitas no Sistema de inscrições da CAPES, por meio do formulário de inscrição on-line e da apresentação dos documentos solicitados no edital. O link será disponibilizado até 15 dias após a publicação do edital.

    *Com informações do CGCOM/CAPES