Blog

  • Descriminalização da cannabis sativa: um debate que avança no país, mas ainda incipiente no movimento negro

    Descriminalização da cannabis sativa: um debate que avança no país, mas ainda incipiente no movimento negro

    Introduzida no Brasil por negros e negras escravizados/as, a cannabis sativa, mais conhecida como maconha, historicamente alvo de preconceito e discriminação por grande parte da sociedade, passa a ser vista com outros olhos na atualidade devido às suas propriedades terapêuticas.

    Anuário produzido pela Kaia Mind revela que 672 mil pacientes fizeram uso da cannabis medicinal em 2024, movimentando 853 milhões. Asma, epilepsia, fibromialgia, dores crônicas, Alzheimer são algumas doenças que evidências científicas comprovaram sua eficácia no tratamento.

    Como se vê, um mercado muito promissor, e a indústria farmacêutica está de olhos bem abertos para o potencial desse mercado. E nós, do movimento negro, qual tem sido a nossa participação nesse debate? Há muito que reivindicamos uma Reparação Histórica pelos mais de 350 anos de trabalho escravo.

    E o mercado da cannabis medicinal, e de também para uso recreativo, que certamente virá num futuro próximo, haja vista a descriminalização da quantidade de até 40 gramas para uso pessoal pelo STF (Supremo Tribunal Federal), são oportunidades singulares para promover reparação à comunidade negra.

    O tráfico de drogas nas comunidades pobres e periféricas utiliza-se da juventude negra como mão de obra no mercado de drogas ilícitas. Muitos países do mundo promoveram a legalização, regulamentação e tributação de drogas, ao invés da repressão “guerra às drogas”, uma guerra perdida ao custo de milhares de vidas ceifadas nessa guerra que, ao fim e ao cabo, é contra pretos, pobres e favelados.

    Quantos jovens não estão hoje no sistema prisional por duas ou três buchas de maconha, enquadrados como traficantes num sistema de justiça seletivo?
    Neste sentido, é fundamental que as organizações e lideranças do movimento negro possam se apropriar desse debate, propor políticas públicas que incluam aqueles e aquelas que historicamente foram discriminados/as.

    Não é exagero dizer que a legislação que proíbe o uso da cannabis no Brasil é profundamente racista. Em 1830, quando a Câmara Municipal do Rio de Janeiro proibiu o uso da substância através da lei conhecida como “Pito do Pango”, a cidade tinha em torno de 60 mil habitantes, composta majoritariamente por negros e negras escravizados, principais alvos da lei. Já em 2006, a lei 11.343/06, que em tese buscava ampliar a punição para traficantes e tratar o usuário como questão de saúde pública, promoveu um encarceramento em massa de jovens pretos, por falta de critérios objetivos para definir o que pode ser enquadrado como tráfico ou para consumo pessoal. Legislações que, na prática, promovem o racismo institucional.

    Em tempos de emergência climática, com múltiplas utilidades, a cannabis pode ser uma ferramenta não apenas medicinal e industrial, mas também ambiental, focando em práticas sustentáveis de agroecologia, justiça social e geração de renda.

    O cânhamo, uma das variedades da cannabis sativa, tem demonstrado um impacto positivo na recuperação ambiental, com benefícios como captura de carbono, regeneração de solos e corpos hídricos, além de ser uma alternativa viável a materiais tóxicos como o plástico.
    Não tenho dúvidas de que, ao nos despirmos do preconceito e da discriminação, podemos avançar muito neste debate sobre a descriminalização do uso da cannabis, um debate no qual o movimento negro brasileiro tem todas as condições de ser protagonista.

    Por Welington Barros,

    Artista plástico, pesquisador de africanidades, ativista pela equidade racial e pelos direitos humanos, militante da UNEGRO.

  • Olívia Santana defende a urgência de um ousado projeto nacional antirracista

    Olívia Santana defende a urgência de um ousado projeto nacional antirracista

    Cresce a luta antirracista no Brasil. Cada vez mais as pessoas que sofrem ataques racistas reagem e buscam, legalmente, a restauração dos seus direitos e dignidade atingidos. As redes sociais viraram uma grande caixa-de-ressonância das inúmeras situações de discriminação, crimes de injúria racial captadas, muitas vezes, por câmeras de celular. Embora sejam inexoravelmente ambivalentes, pois o ambiente digital também é o lugar onde navegam as redes do ódio e suas múltiplas formas de ataques aos direitos humanos, as redes sociais têm sido também um território importante de ativismo digital antirracista e de outras lutas. É imperativo, portanto, a regulamentação delas e a responsabilização das empresas com o combate à ciber-violência, para que a dimensão democrática dos usos das mídias sociais prevaleça sobre o risco da barbárie cibernética.

    O racismo é resiliente e se revela um dos maiores problemas da estrutura social brasileira, embora secundarizado em todos os níveis do poder e comando da nação. Além de algemadas à condição de cidadãos de quinta categoria, as pessoas negras vivenciam sistematicamente situações que vão de violência simbólica, verbal até a violência racista letal, incluindo, mas não só, aquelas produzidas, institucionalmente, por forças que deveriam proteger a cidadania, zelar pela paz, deter a proliferação da violência, independente de cor, raça e religião, mas que se convertem, frequentemente, em forças que têm o negro como alvo a ser eliminado, ao arrepio da lei. Estima-se que a polícia brasileira mata quase três vezes mais que as policias de 15 países do G20 juntas. E, para surpresa de ninguém, o alvo é, quase sempre, pessoas negras. Recentemente, um homem negro foi pego roubando sabão num supermercado, na zona sul de São Paulo. Ele foi executado com 11 tiros pelas costas, por um policial que o julgou, condenou e aplicou-lhe uma pena de morte, inexistente no Código penal brasileiro. Tal fato é assombrosamente comum de acontecer neste país com pessoas não brancas, com altíssimo grau de impunidade. E é através da luta antirracista, de caráter estratégico, que se pode cumprir a tarefa de deslindar a engrenagem sórdida e sistêmica do racismo estrutural, que impacta o psicológico das individualidades e coletividades, descamba em prejuízos no plano político, econômico, cultural e de toda ordem, deixando um rastro de precarização e destruição de vidas negras e também indígenas.

    Apesar de tal cenário, há ainda uma grande dificuldade de compreensão do papel civilizatório do antirracismo como instrumento de transformação da sociedade brasileira. Frequentemente, o movimento negro é taxado de identitarista, como se o conjunto das lutas antirracista estivesse fadado a defender supostos interesses minoritários, em detrimento dos “interesses maiores” da classe trabalhadora ou do conjunto do povo oprimido. A população negra brasileira, constituída de pretos e pardos, é matematicamente a maioria demográfica. Mas, a ideia de “minorias sociais” é sobejamente usada para enquadrar este público, e também as mulheres, numa política de marginalização e exclusão social. O outro, a quem o estado vai tratar como exceção, com um punhado de políticas que não são capazes de produzir alterações estruturais na realidade vivida e que tolera o desequilíbrio socioeconômico e político que se mantem firme. O racismo alcança todos os aspectos da vida em sociedade, precarizando laços de civilidade humana, de exclusão e forjando realidades distintas para negros e brancos, mediadas por privilégios e subalternidades. Recentemente repercutiu em todo o país uma fala racista da modelo e apresentadora Ana Paula Minerato, em um diálogo com seu então namorado, se referindo à cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca. Diz Minerato: “A empregada… A do cabelo duro. Você gosta de mina do cabelo duro, Capê? Porque isso aí é neguinha, né? Alguém ali, o pai ou a mãe veio da África…Nossa, mas ela é feia né?”. A modelo, que acabou perdendo o emprego numa emissora de TV e também perdeu o título de musa da escola de samba Gaviões da Fiel, mascarava o seu preconceito quando lhe era conveniente usufruir da cultura negra na vida pública de celebridade, mas o explicitou cruamente, sem disfarce, no ambiente privado. Minerato renega e deprecia as características africanas que aparecem como marcas na imagem de Ananda. Ter o tom de pele mais clara que a de pessoas de pele preta, não impediu que a cantora sofresse ofensas racistas pelo conjunto dos seus traços, que sinalizam a sua ascendência africana. Esta, na tradução do olhar preconceituoso, lhe confere um lugar de inferioridade na escala social de um país onde o racismo dá as cartas. A investida de Ana Paula Minerato expõe um misto de inveja colonial, pela notabilidade do padrão de beleza de Ananda, e o seu identitarismo branco, narcisista, imposto secularmente como único padrão de beleza possível, que rejeita a tudo que dele difere, o que não é espelho.

    A tentativa de rebaixar a mulher negra, segue a lógica hegemônica da branquitude, que justifica todo o complexo de superioridade racial, que acumula privilégios, muitas vezes traduzidos na forma discursiva e prática de meritocracia. Como define Lourenço Cardoso, a branquitude é “um lugar de privilégios simbólicos, subjetivos, objetivo, isto é, materiais palpáveis que colaboram para construção social e reprodução do preconceito racial e racismo” (p. 611). É a luta antirracista que, dentre tantas outras frentes, confronta e desconstrói no plano simbólico mitos de beleza e fealdade. O racismo viola a imagem e o corpo das pessoas negras, atravessando todas as dimensões da vida. Portanto, há, e não poderia ser diferente, um importante componente identitário na pauta do movimento social negro. Porém, o reducionismo presente no rótulo “identitarista”, aplicado levianamente por alguns, de maneira generalista a uma pauta tão estratégica, deve ser refutado. Isto não significa desconhecer que, um movimento antirracista que só se concentre na questão racial, sem se dar conta das dimensões de classe e gênero, inevitavelmente descambar para uma prática antirracista limitada e incapaz de produzir emancipação plena da população negra. Mas por que a identidade é um fator indispensável à luta negra? Porque o racismo atinge frontalmente a identidade das pessoas negras. Seja o racismo de origem (tem o pé na África, tem o pé na cozinha…), denegação dos referenciais culturais e religiosos de origem africana ou, sobretudo, o racismo de fenótipo. Quanto mais negra é a cor da pele e outras características físicas (cabelo, nariz, boca) e culturais relacionadas com a ancestralidade africana, o racismo de fenótipo incide com mais força sobre aquela ou aquele sujeito. Assim, como não fazer militância pela valorização da imagem das pessoas afro-brasileiras e dos povos africanos, dos quais somos descendentes? Nos séculos em que durou a escravidão, no antagonismo entre as classes dos trabalhadores e trabalhadoras escravizados/escravizadas e seus senhores proprietários, a negação da identidade de diferentes povos africanos, o açoite e outros cruéis castigos físicos, psicológicos e sexuais foram vastamente usados como mecanismos ultraviolentos de uso, exploração e controle dos corpos de milhões de seres humanos, sejam os trazidos da África ou os afro-brasileiros nascidos em cativeiro, em inúmeras gerações. O sistema capitalista e todo o seu universo simbólico e ideológico que atravessa as subjetividades, reduziu as populações negras aos mais rebaixados níveis de desumanização que um povo pode sofrer. E o maior legado do escravismo é o racismo estrutural que, na atualidade, mantém com assombrosa resiliência e desenvoltura as gigantescas desigualdades que se baseiam na velha e anacrônica ideia de um suposto “defeito de cor”, como bem denuncia a escritora Ana Maria Gonçalves em sua obra homônima, que subjaz no tecido social brasileiro. Não há como negar a existência do racismo estrutural apenas porque o racismo não está explicitamente cravado no ordenamento político-jurídico que rege atualmente o Brasil. Vale lembrar que os dois artigos que constituíram toda a Lei Aurea, seriam impossíveis de ter o condão de fazer desaparecer toda a estrutura opressiva e de exploração e precarização do trabalho negro da sociedade anterior. E se hoje persiste o trabalho análogo ao trabalho escravo, imagina o que aconteceu no dia seguinte à Lei Aurea com a massa de deserdados e despossuídos que saíra da escravidão formal, ainda que a Abolição tenha sido um avanço histórico.

    O racismo é parte integrante da base em que se estrutura o capitalismo, impregnado nas relações socioeconômicas, políticas, jurídicas e culturais, na subjetividade do povo e nas formas de reprodução social da vida. É fato que por essas terras brasileiras não há leis de discriminação negativa, como foram as leis Jim Crawn, nos EUA ou a legislação do regime de Apartheid na África do Sul. Ao contrário, nossa Constituição declara que todos são iguais perante a lei. Inclusive criminaliza o racismo que, posteriormente, foi regulamentada e tipificada a injúria racial como crime (Lei nº.14.532/2023). Mas, como diria o poeta, a vida é real e é de viés e o racismo é o grande modulador das relações sociais, nos expondo, em negrito, que devemos adotar com mais firmeza o conceito marxista daquilo que é estrutural, na análise das relações racistas que seguem vivas no dia a dia da sociedade brasileira. O racismo não está na lei, mas, na maioria das vezes, está, por exemplo, na cabeça do juiz que a interpreta, corroborando com o encarceramento em massa de pessoas negras, maioria de jovens negros, e, não raro, relativizando, reduzindo penas, dando mais uma chance a criminosos brancos. Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança, mais de 40% dos presos estão na faixa etária entre 18 e 29 anos. E para os mais incautos sobre o impacto do racismo na estruturação das classes sociais, observem os dados estatísticos: a classe dominante brasileira é, curiosamente, quase toda branca, enquanto a classe trabalhadora é fundamentalmente composta de uma imensa presença de pretos, pardos, indígenas e demais não brancos, embora exista também uma minoria de brancos entre os pobres. Senão, vejamos os dados do estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil” realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que expõe as aberrações socioeconômicas fundadas no racismo estrutural. Quase toda a riqueza do país é apropriada pelos mais brancos, seja do agronegócio, do setor financeiro, nos conglomerados de comunicação ou de qualquer outro ramo empresarial. O estudo nos expõe dados que refutam qualquer tentativa de abordagem da discriminação racial como uma questão moral, que possa ser resolvida no plano das relações individuais. É de causar espanto, ou pelo menos deveria, que nos 10% da população com maior rendimento per capita, os brancos representem 70,6%, enquanto os autodeclarados pretos e pardos sejam apenas 27,7%. E há o mais seleto reino da brancura com 69 multibilionários brasileiros, onde nenhum negro/negra habita. O inverso ocorre entre os mais pobres. Nestes, entre os 10% mais empobrecidos, 75,2% são pretos e pardos (negros), e apenas 23,7%, são brancos. Este cenário, por si só, expõe um racismo sistêmico, permanentemente atualizado na dinâmica de exploração capitalista, que faz do contingente negro o maior exército de reserva que se tem notícia. O racismo produz um quadro trágico de negação de aviltamento de direitos, precarização financeira, desterramento, massacres naturalizados e uma legião de deserdados que nada têm a perder, a não ser suas algemas, como disse Marx aos trabalhadores. Não é ao acaso. É projeto.

    A luta antirracista é uma crítica contundente ao racismo estrutural, e vem obtendo avanços, embora muito aquém da necessidade. A conquista do Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010), da Lei de cotas para negros e indígenas nas universidades ( Lei 12.711/2012; Lei 14.723/2023), nos concursos públicos (Lei12.990/14) e, a mais recente, política de incentivo à eleição de candidaturas negras, que contabiliza em dobro os votos dados a candidatos negros e a mulheres, na distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral, são algumas políticas públicas concretas de cunho antirracista que, se fossem aplicadas plenamente poderiam reduzir distâncias entre negros e não negros, no longo caminho rumo à igualdade. Mas o contexto das políticas de austeridade imposta pelos guardiões do capitalismo drena bilhões de recursos públicos para os banqueiros e demais ilhados no seleto mundo de riqueza e opulência da grande burguesia, em detrimento do bem comum, da maioria do povo que vive chafurdando no brejo da pobreza, num permanente tempo de vacas magras.

    Para um país que reconhece e proclama a miscigenação e a sua diversidade étnica, a fotografia dos cargos de comando é um vexame, demonstrando o quanto temos que lutar por efetivas oportunidades de acesso substancial para negras, negros e indígenas a cargos de comando. No Brasil, os cargos gerenciais em empresas são, predominantemente, ocupados por brancos, um domínio que chega a 68,6%. Na área pública as distorções também são gritantes! O poder judiciário é 80,3% (dados do CNJ) composto de pessoas brancas. Só houve um negro na história do STF, e atualmente, não há nenhum. Na política, uma banca de heteroidentificação instituída pelo portal UOL para checar se as cotas foram ou não respeitadas pelos partidos na disputa eleitoral, de 2022, concluiu que, dos 32% dos deputados estaduais, federais e senadores eleitos somados, que se autodeclararam negros, apenas 16,4% desse total de fato eram fenotipicamente pretos e pardos, o resto eram falsas declarações, a exemplo de Arthur Lira, presidente da Câmara Federal. Como ele, dezenas de parlamentares socializados como brancos, que jamais experimentaram o racismo em suas trajetórias, se autodeclararam pardos com o único propósito de abocanhar uma fatia mais robusta do Fundo Eleitoral.

    Decididamente as políticas de promoção da igualdade racial precisam ser projeto de Estado, implantadas e rigorosamente fiscalizadas, associadas a uma política de reeducação e conscientização sobre o propósito civilizatório de corrigirmos as desigualdades produzidas pelo racismo. E, mais que isso, para nos libertarmos desta sociedade construída pela lógica racista e capitalista, é preciso ter um projeto que vá muito além da reivindicação de políticas públicas. A luta antirracista é indissociável da luta de classes, portanto requer a construção de um projeto socialista, moderno, atualizado, criativo, que seja verdadeiramente capaz de ir ao encontro das necessidades estruturais do povo brasileiro, incorporando o melhor da nossa brasilidade e eliminando o que secularmente nos divide e nos impede de termos uma vivência nacional radicalmente democrática e avançada. O ano de 2025 será o ano da segunda Década Internacional de Afrodescendentes, proclamada pela ONU, que seguirá até 2034, e, entre seus objetivos, preconiza: promover os direitos humanos e liberdades fundamentais dos afrodescendentes; combater o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e outras formas de intolerância; adotar e reforçar os quadros jurídicos nacionais e regionais no combate ao racismo. O tema desta década será “ Pessoas Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”. O Brasil, sob a liderança do nosso presidente Lula, deve assumir posição de liderança global, fazendo valer uma agenda nacional de promoção da igualdade, em todas as áreas do seu governo. É como disse o poeta, quem sabe faz a hora não espera acontecer.

  • Mensagem da UNEGRO pelos 22 anos da Lei 10.639/03

    Mensagem da UNEGRO pelos 22 anos da Lei 10.639/03

    Hoje, 9 de janeiro de 2025, celebramos 22 anos da promulgação da Lei 10.639/03, uma conquista histórica para a luta antirracista no Brasil. Essa lei representa um marco fundamental na construção de uma educação que reconhece e valoriza as contribuições da população negra na formação do nosso país, promovendo a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no currículo escolar.

    A UNEGRO, desde sua fundação, esteve na linha de frente dessa luta, dialogando com movimentos sociais, parlamentares e educadores para que a pauta da educação antirracista se tornasse política pública. Seguimos firmes no compromisso de fiscalizar a implementação efetiva da lei, garantindo que as novas gerações tenham acesso a uma educação que combata o racismo estrutural e promova a igualdade racial.

    A educação é uma arma poderosa contra o racismo. Continuaremos organizados, vigilantes e comprometidos para que a Lei 10.639/03 seja um instrumento de transformação social nas escolas, nas ruas e nas mentes de todos os brasileiros e brasileiras.

    Viva a resistência negra! Viva a educação libertadora!
    UNEGRO – União de Negras e Negros pela Igualdade

  • CAPES abre seleção para intercâmbio em Moçambique

    CAPES abre seleção para intercâmbio em Moçambique

    ACAPES e o Ministério da Igualdade Racial (MIR) abriram nesta segunda-feira, 4 de dezembro, a primeira seleção do Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul. Até 50 estudantes quilombolas ou autodeclarados pretos ou pardos, alunos de licenciaturas a partir do 5° semestre e vinculados a Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas ou grupos correlatos, serão selecionados para intercâmbio de 15 dias na Universidade Pedagógica de Maputo (UP – Maputo).

    As candidaturas devem ser apresentadas até às 17h de 4 de janeiro de 2024 pelo Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes).  A iniciativa contribui no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial no Brasil. Antes de partir para a estadia de duas semanas no país africano, os alunos farão um curso on-line de 40 horas sobre História e Cultura Afro-brasileira e Moçambicana. Os participantes deverão elaborar um relatório das atividades executadas na UP – Maputo. O documento deverá ser apresentado, bem como um artigo, evento acadêmico ou relato da experiência decorrente da participação no Programa.

    O apoio financeiro será de responsabilidade do MIR. Cada pessoa receberá R$10.500,00 para diárias, R$13.172,00 para passagens aéreas, R$520,75 de auxílio seguro-saúde, R$257,25 para ajudar na emissão de passaporte e R$250,00 para emissão de visto de entrada em Moçambique. Essas e outras informações constam no Edital Conjunto nº 34/2023, publicado no Diário Oficial da União e no site da CAPES.

    Sobre o Programa
    O Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul vai estimular a troca de conhecimentos, experiências e políticas públicas que contribuam para o combate do racismo e para a educação das relações étnico-raciais a partir da cooperação acadêmica entre instituições de ensino superior e incentivo a pesquisas e ao desenvolvimento científico e tecnológico para a promoção da igualdade racial. Além disso, a ação fortalecerá a formação inicial e continuada de educadores na perspectiva da Educação das Relações Étnico-Raciais.

    Fonte: CGCOM/CAPES

  • Celebração e conquista: inauguração da sede da Unegro no Espírito Santo

    Celebração e conquista: inauguração da sede da Unegro no Espírito Santo

    No último dia 30 de novembro, um marco histórico e motivo de grande celebração ocorreu com a inauguração da nova sede da Unegro em Jardim Limoeiro, Serra, no Espírito Santo. Este evento simboliza não apenas um espaço físico, mas um centro de resistência, diálogo e inovação para a promoção da igualdade racial e justiça social no estado.

    Um Espaço de Luta e Transformação

    A inauguração da sede representa o culminar de um sonho coletivo e anos de dedicação, possibilitada através de uma parceria frutífera com o Instituto Luíza Dias. Este novo espaço se propõe a ser um ponto focal para a comunidade, onde projetos culturais, educacionais e políticos podem florescer, promovendo a inclusão e combatendo o racismo sob todas as suas formas.

    Celebração da Cultura Afro-brasileira

    O evento de inauguração contou com uma rica programação cultural que destacou a vibrante tradição afro-brasileira. Com intervenções artísticas como a banda de congo de Manguinhos, apresentações de capoeira, samba, break e grafite, a diversidade cultural e o talento da comunidade puderam brilhar, celebrando não apenas a inauguração da sede, mas também a resistência e resiliência de sua ancestralidade.

    Reforçando Laços e Parcerias

    A presença de diversas entidades, incluindo o escritório do Ministério da Cultura, Secult, IFES, e outras representações locais, reforça a importância da colaboração e da parceria para o fortalecimento de políticas culturais e de igualdade. A integração do Programa Nacional Comitês de Cultura (PNCC) do ES neste espaço reflete a missão da Unegro em envolver-se ativamente na definição de políticas públicas inclusivas e transformadoras.

    Uma Nova Era de Possibilidades

    Com este novo centro, a Unegro está mais bem equipada para continuar sua missão de promover a equidade racial, educação e um futuro mais justo. A sede servirá como uma incubadora de ideias, projetos e ações que visam empoderar a comunidade negra e construir pontes entre diversas esferas da sociedade capixaba.

    A inauguração da sede da Unegro é uma conquista coletiva que fortalece os alicerces de uma sociedade mais equitativa. Que este espaço seja um farol de esperança, justiça e transformação contínua, inspirando futuras gerações a construir sobre o legado de resistência e perseverança que ele representa.

  • A Arte como Voz de Resistência: Expressões Culturais Negras no Brasil

    A Arte como Voz de Resistência: Expressões Culturais Negras no Brasil

    A arte negra no Brasil é muito mais do que simples expressão estética; é uma voz poderosa de resistência, resiliência e afirmação cultural. Desde a época colonial até os dias atuais, as expressões culturais negras têm desafiado normas sociais e políticas, servindo como um meio vital para afirmar identidades, transmitir histórias e reivindicar direitos.

    Resgatando Histórias e Identidade

    Através da música, dança, literatura e artes visuais, artistas negros brasileiros têm conseguido preservar e ressaltar histórias e tradições que de outra forma poderiam ser esquecidas. O samba, o maracatu, o jongo e outros gêneros musicais de raiz afro-brasileira funcionaram não apenas como entretenimento, mas como arquivo oral de experiências e vivências que traçam a história e a identidade de comunidades afrodescendentes.

    Uma Plataforma para Protagonismo

    Além de preservar tradições, a arte tem sido uma plataforma essencial para dar protagonismo a vozes e narrativas negras. Escritores, cineastas, pintores e músicos têm usado suas obras para abordar temas de discriminação, igualdade racial e justiça social, desafiando estereótipos e promovendo novas narrativas que refletem a diversidade e complexidade da experiência negra.

    Conexão e Comunidade

    Os movimentos artísticos, muitas vezes, serviram como centros de comunidade e resistência política. Os quilombos, que historicamente eram refúgios de resistência e liberdade, inspiram até hoje formas coletivas de criação e compartilhamento de arte. Esses espaços, dedicados à criatividade e troca cultural, reforçam laços comunitários e oferecem um refúgio de solidariedade e apoio.

    Redefinindo Espaços Culturais

    Os artistas negros têm desafiado frequentemente normas tradicionais dos espaços culturais, invadindo galerias, teatros e instituições anteriormente inacessíveis. Ao fazê-lo, eles reforçam a ideia de que a arte negra não apenas pertence nesses espaços, mas é essencial para a totalidade do tecido cultural brasileiro.

    Fomentando o Futuro

    À medida que o Brasil avança, a arte negra continua a ser um catalisador para a mudança e a inclusão. Com a democratização do acesso à tecnologia e mídias sociais, novos talentos emergem e ganham visibilidade, conectando-se globalmente e ampliando o alcance de suas mensagens.

    A arte é, e sempre foi, uma ferramenta vital para resistência e transformação social. Através dela, as expressões culturais negras continuam a moldar significativamente a identidade nacional, promovendo uma sociedade mais rica, diversa e igualitária.

  • Reflexões sobre a Consciência Negra: mais do que um dia, um movimento

    Reflexões sobre a Consciência Negra: mais do que um dia, um movimento

    O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é um momento significativo no Brasil para refletir sobre a luta histórica e as conquistas da população negra. No entanto, é crucial entender que este não é apenas um dia isolado, mas parte de um movimento contínuo que busca promover a equidade racial, combater o racismo estrutural e celebrar a riqueza da cultura afro-brasileira.

    História e Significado

    O Dia da Consciência Negra marca o aniversário de Zumbi dos Palmares, um líder quilombola que se tornou símbolo de resistência e luta por liberdade. Zumbi representa a persistência e coragem dos afrodescendentes na busca por dignidade e justiça, e sua memória é um ponto de partida para discutir e desafiar as desigualdades atuais.

    Mais do que Comemoração

    Enquanto a data é um momento de celebração da cultura e identidade negra, é também um convite à ação e reflexão crítica. É uma oportunidade para ressaltar as contribuições inestimáveis dos afro-brasileiros nas artes, ciências, política e diversas áreas da sociedade. Mais do que isso, exige um compromisso com a construção de uma sociedade que respeita e apoia todos os seus membros igualmente, independentemente de sua origem racial.

    Educação e Conscientização

    A educação é uma ferramenta poderosa para promover a consciência negra. Ensinar a verdadeira história dos povos afro-brasileiros nas escolas e compartilhar narrativas muitas vezes negligenciadas são passos essenciais para cultivar uma cultura de respeito e entendimento mútuo. A conscientização sobre o racismo estrutural deve se estender além de um dia, influenciando práticas, políticas e atitudes diárias.

    Ação Coletiva e Comunitária

    O movimento para uma consciência negra deve incluir ações coletivas que impulsionem mudanças políticas e sociais significativas. A solidariedade entre comunidades, apoio a políticas de ação afirmativa e promoção de lideranças negras são aspectos fundamentais de um movimento forte e impactante.

    Desafios e Esperanças

    Embora o racismo e a discriminação continuem a ser desafios diários, o espírito da Consciência Negra inspira esperança e determinação. É um chamado para continuar a lutar por direitos iguais e inclusão, promovendo conversas e ações que transformem a sociedade de maneira positiva.

    Assim, celebremos e apoiemos a Consciência Negra não apenas como um dia de reflexão, mas como um movimento perene. Que este compromisso nos guie para um futuro onde a equidade e a justiça sejam não apenas ideais, mas uma realidade vivida por todos.

  • Tecnologia e juventude negra: o futuro da inovação e inclusão

    Tecnologia e juventude negra: o futuro da inovação e inclusão

    A tecnologia, um dos campos mais dinâmicos e em constante evolução, oferece vastas oportunidades para inovação e transformação. A juventude negra está cada vez mais se posicionando como uma força motriz nesse cenário, desbravando trilhas e desafiando estereótipos para reivindicar seu lugar em um futuro inclusivo e diverso.

    Romper Barreiras com Determinação

    Apesar dos desafios históricos e contemporâneos, muitos jovens negros estão rompendo barreiras significativas no setor tecnológico. Movidos por uma combinação de habilidades inatas, uma sede de inovação e a resiliência forjada por experiências de vida, estes jovens não são apenas consumidores de tecnologia, mas também seus criadores e influenciadores.

    Educação e Capacitação

    O acesso a educação de qualidade e capacitação técnica é crucial para capacitar a juventude negra a participar plenamente no campo da tecnologia. Iniciativas e programas de formação, como bolsas de estudo em áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), cursos online e bootcamps, desempenham um papel vital no equipar jovens negros com as habilidades necessárias para prosperar.

    Empreendedorismo e Startups

    Muitos jovens negros estão canalizando sua criatividade e inovação para o empreendedorismo, lançando startups que não apenas buscam sucesso financeiro, mas que também atendem a necessidades específicas de suas comunidades. Essas empresas emergentes muitas vezes abordam lacunas no mercado, propondo soluções tecnológicas de impacto social, desde aplicativos para educação acessível até plataformas para conectar oportunidades de emprego.

    Representatividade e Liderança

    A presença de líderes negros nos espaços tecnológicos é essencial para garantir que as vozes e perspectivas dessas comunidades sejam refletidas nas inovações que moldam o futuro. Mentores e modelos de sucesso desempenham um papel crucial, inspirando jovens a perseguirem seus sonhos na tecnologia e demonstrando que o sucesso é alcançável, independentemente das barreiras iniciais.

    Inclusão e Diversidade como Vantagens Competitivas

    Empresas que adotam a diversidade e a inclusão como princípios fundamentais não apenas contribuem para a equidade social, mas também cultivam uma maior criatividade e inovação. Ao valorizar a diversidade de pensamento e experiência, o setor tecnológico pode desenvolver produtos e serviços que melhor atendem a uma base global de usuários.

    O Caminho a Seguir

    A juventude negra está moldando o futuro da tecnologia de maneiras significativas, quebrando paradigmas e pavimentando o caminho para um amanhã mais inclusivo. Ao promover educação, encorajar o empreendedorismo e amplificar as vozes negras, todos ganhamos – tecnologicamente, socialmente e culturalmente.

    Com suas contribuições, o campo da tecnologia não só se torna mais igualitário, mas também mais rico e diversificado, pronto para enfrentar os desafios complexos de um mundo em rápida transformação.

  • Preservação e transformação de tradições

    Preservação e transformação de tradições

    Os rituais afroculturais desempenham um papel vital na preservação das tradições e na afirmação da identidade e resistência das comunidades afrodescendentes no Brasil. Eles são uma rica tapeçaria de práticas culturais que transcendem o tempo, oferecendo um elo inquebrantável com os ancestrais e um mecanismo poderoso de transformação social.

    Preservação das Tradições Culturais

    Rituais como os praticados em celebrações religiosas afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, são fundamentais para a preservação das línguas, músicas, danças e comidas tradicionais. Esses elementos culturais são transmitidos de geração em geração, garantindo que os conhecimentos ancestrais não se percam ao longo do tempo. A prática dos rituais é uma forma de manter vivo o legado dos antepassados e uma afirmação da identidade cultural negra.

    Ritual como Resistência

    Historicamente, os rituais afroculturais serviram como uma forma de resistência à opressão e ao apagamento cultural. Durante o período da escravidão e além, essas práticas foram usadas para preservar a coesão comunitária e a identidade cultural, ao mesmo tempo que desafiavam sistemas de dominação e exploração. Essa resistência continua hoje, com os rituais funcionando como um espaço para reivindicar direitos e celebrar a herança africana de forma poderosa e visível.

    Transformação e Inovação

    Ao mesmo tempo, os rituais afroculturais são dinâmicos e evolutivos. Eles não apenas preservam práticas antigas, mas também se transformam e adaptam para refletir as realidades contemporâneas. Jovens líderes culturais, artistas e ativistas frequentemente incorporam novas ideias e formas de expressão, garantindo que essas tradições permaneçam relevantes e vibrantes.

    Comunidade e Coletividade

    Esses rituais são, em essência, eventos comunitários. Eles promovem um senso de pertencimento e unidade, fortalecendo laços sociais e espirituais entre os participantes. Através da partilha e celebração coletiva, as comunidades encontram força e apoio mútuos, renovando o compromisso com valores culturais e sociais que sustentam sua identidade.

    Celebração da Diversidade

    Com a sua riqueza e diversidade, os rituais afroculturais são uma celebração da multiplicidade de expressões culturais dentro da diáspora africana. Eles não apenas contribuem para a identidade dos praticantes diretos, mas também enriquecem o tecido cultural mais amplo da sociedade brasileira.

    Através da preservação e transformação contínua dos rituais afroculturais, as comunidades afro-brasileiras reafirmam seu lugar na sociedade, honrando o passado enquanto avançam decididamente para o futuro. Que esses rituais continuem a inspirar, conectar e fortalecer, mantendo acesa a chama da resistência e da identidade cultural.

  • Educação antirracista: como implementar em casa e na escola

    Educação antirracista: como implementar em casa e na escola

    A educação antirracista é um componente essencial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Incorporá-la tanto em casa quanto nas escolas é fundamental para desfazer preconceitos, promover a compreensão intercultural e capacitar as futuras gerações com ideias e valores de respeito e equidade.

    Implementando a Educação Antirracista em Casa

    1. Diálogos Abertos e Livres de Julgamento
      Comece conversas sobre raça e racismo de maneira aberta e adaptada à idade das crianças. Use exemplos do cotidiano e da mídia para discutir questões de desigualdade e discriminação, incentivando perguntas e respostas honestas.
    2. Diversidade de Referências
      Inclua livros, filmes e músicas que representem culturas e perspectivas diversas. Escolha histórias que celebrem autores e personagens negros, destacando conquistas e diversidade cultural.
    3. Exemplo Próprio
      As atitudes são ensinadas pelo exemplo. Mostre respeito e empatia pelas diferenças, questionando seus próprios preconceitos e ações. Este exemplo será um guia poderoso para as crianças.
    4. Participação em Atividades Culturais
      Envolva a família em eventos e atividades culturais que celebrem e educem sobre a herança afro-brasileira. Visite exposições, participe de festivais culturais e apoie iniciativas que valorizem a diversidade.

    Implementando a Educação Antirracista na Escola

    1. Currículo Inclusivo
      As escolas devem integrar a história e cultura afro-brasileira no currículo de forma significativa e contínua. Isso inclui a contribuição de figuras negras na ciência, arte, literatura e história.
    2. Formação de Professores
      Ofereça treinamentos para educadores sobre preconceitos implícitos e práticas pedagógicas inclusivas. Isso ajuda a garantir que os professores estejam preparados para abordar questões raciais de forma empática e informada.
    3. Projetos e Debates
      Incorpore projetos escolares voltados para a diversidade e inclusão. Incentive debates e discussões que desafiem estereótipos e promovam compreensão e respeito mútuo.
    4. Ambiente Inclusivo e Respeitoso
      Crie um ambiente escolar que valorize a diversidade e respeite todas as identidades raciais. Isso inclui tolerância zero para comportamentos discriminatórios e o incentivo a políticas de inclusão.
    5. Parcerias com a Comunidade
      Colabore com organizações comunitárias que promovem a inclusão e a justiça social. Isso pode ampliar as oportunidades de aprendizado e conexão com diferentes aspectos culturais.

    Promover uma educação antirracista é uma jornada contínua de aprendizado e adaptação. Ao tomar essas medidas, tanto em casa quanto na escola, estamos contribuindo para formar cidadãos mais conscientes e engajados, preparados para construir um mundo onde a justiça e a equidade sejam acessíveis a todos.